Compositor: Marius Strand
Com olhos de mármore, lá está ela
Seu olhar não a levou a lugar algum
Uma simples criança que ele trouxe debaixo de suas asas
Asas de orgulho, e nada mais
Trouxe para ela partes da vida dele
Não permitiu a criança ser criança
Um ser que, incapaz de voar
Ele enjaulou e deixou a afundar
Sabia muito bem que quando os raios de sol aparecessem
Carinho e a vida dela não teriam ligação
Sua mente frágil e dividida tinha o convencido
A não tentar
Com ela em suas mãos
Ele se convenceu a não chorar
Adeus a este lugar familiar de luto
Se apenas a beleza do vazio
Que eu agora enfrento, compartilhasse comigo seu conforto
Ela tinha chamado por mim
O grande escuro, lá fora da cidade
Tinha me convencido a ir embora
Com a sua voz de consolação
Estas palavras de veludo me tocaram
Como nada humano
Apenas suas promessas me seguravam
Para os ramos tortuosos da vida
A chuva ávida, do lado de fora
Do vidro era como meus sentimentos
Prontos para lançar suas ondas em cima de mim
Venham então, ondas
Avancem
Venham